Curiosidades das Palavras

17-07-2011 16:24

 

Pelotão

A palavra "pelotão" deriva do termo francês "peloton" (de "pelote", significando "pelota", uma pequena bola), que, no século XVII se referia a um pequeno destacamento de soldados.

 

Baioneta

A palavra "pelotão" deriva do termo francês "peloton" (de "pelote", significando "pelota", uma pequena bola), que, no século XVII se referia a um pequeno destacamento de soldados.

 

Infantaria

A palavra Infantaria é derivada da palavra infante, que significa criança nos idiomas antigos Grego e no Latim . 

a)       No Grego significa aquele que não se manifesta ou não pode se manifestar .

b)       No Latim significa aquele que não fala ainda más caminha .

Em ambos os idiomas  o infante deveria obedecer sem reclamar .

 

Exército

Origina-se do Latim exercere, “manter em movimento constante, inquietar, adestrar”. Daí se formou exercitus, “tropas, exército, infantaria”.

Derivam-se também outras palavras como “exercício”.

 

Soldado

Origina-se do Italiano soldato, “o que recebe soldo”. E o soldo vem de solidum numus, “dinheiro sólido” – moedas, enfim.

 

Cabo

Esta palavra veio do Latim caput, “cabe?a”, no sentido de “pessoa que chefia”.

 

Sargento

Vem do Latim servientes «que serve», part. pres. de servíre, «servir», com o sentido de auxiliar;

No Exército Brasileiro, foi recriado recentemente a graduação honorífica de Sargento-Brigada para o sargento mais antigo com excelente comportamento em cada unidade operacional.

a)          Primeiro-sargento - tradicionalmente o sargenteante de uma companhia;

b)         Segundo-sargento – é o sargento Adjunto do pelotão, auxiliando o seu comandante no exercício do comando;

c)                  Terceiro-sargento - é a primeira graduação da categoria dos sargentos, é o comandante da célula básica de combate o GC (Grupo de Combate) que atualmente vem sendo largamente utilizado e de forma independente nos combates à localidade e da GLO .

 

Tenente

Origina-se do Latim tenere, “manter, segurar, firmar”.

 

Capitão

Origina-se do Latim capitanum, também de caput, indicando que aquele militar é impõem a ordem, o que manda.

 

Major

Originou-se do Latim major (pronunciava-se “máior”), que era o aumentativo de magnus, “grande”.

 

Coronel

Origino-se do Italiano colonello, que era quem comandava uma colonna, ou seja, uma “coluna” de soldados.  Colonna vem do Latim columna, “coluna”.

 

Brigadeiro

Originou-se do Italiano brigadiere, “comandante de uma brigada”. Brigada ? um grupo de soldados cujo nome vem do Celta briga, “luta, batalha, briga”.

 

Batalhão

Originou-se do Latim battere, “golpear, bater”. Como isso era o que mais se fazia quando soldados inimigos se defrontavam na época antiga, surgiu a palavra batalha para descrever uma atividade de luta.

 

Companhia

Esta palavra significa um conjunto de três pelotões. 

A palavra vem do Latim  “com”, “junto” mais panis, “pão”. Assim, um companheiro é aquele com quem se pode repartir o pão, em quem se pode confiar.

 

 

Origem das palavras "Militar" e "Milícia"

A milícia é, por autonomásia, a profissão da honra e da glória. Muito poucas palavras há que tenham conservado através dos tempos, o timbre glorioso do seu nascimento e etimologia. Vejamos que origem tiveram as palavras milícia e militar (adjetivo).

 

Antigamente, quando se desejava organizar uma Unidade castrense apta para levar a cabo as mais inverossímeis façanhas bélicas, pediam-se voluntários entre os que reunissem determinadas condições e, no número destas – segundo se lê em “Lãs Partidas”“ - figuravam “a de ser exercitado no trabalho”“, “forte e de ânimo constante”“, “de boa estirpe e riqueza”“ e “os quais hão de possuir as quatro virtudes cardeais, a saber: Prudência, Fortaleza, Temperança e Justiça”“.

 

Antigamente, quando se desejava organizar uma Unidade castrense apta para levar a cabo as mais inverossímeis façanhas bélicas, pediam-se voluntários entre os que reunissem determinadas condições e, no número destas – segundo se lê em “Lãs Partidas”“ - figuravam “a de ser exercitado no trabalho”“, “forte e de ânimo constante”“, “de boa estirpe e riqueza”“ e “os quais hão de possuir as quatro virtudes cardeais, a saber: Prudência, Fortaleza, Temperança e Justiça”“.

 

Todos os que acorriam a apresentar-se para o serviço das Armas julgavam-se possuidores das mesmas invejáveis virtudes e condições. E assim era, na realidade. Impunha-se uma seleção que permitisse admitir somente tantos quantos os necessários, seleção a fazer de tal forma que a honra dos recusados não se sentisse manchada ou menosprezada. E, para se conseguir isto, chegou-se a pôr em prática o processo de escolher um de cada mil candidatos apresentados. Com êste processo nasceu já o primeiro grau da palavra militar, dado que ao escolhido se chamava “mille ““ (do latim mil) e, mais tarde, milite, plenamente admitida pela Real Academia Espanhola para designar um soldado.

 

Com o andar dos tempos, e ao generalizar-se a criação destas Unidades castrenses, pelo processo da seleção de entre o milhar de homens que, para isso, se apresentavam, as Unidades assim criadas e formadas por “milites”“ tiveram de ter hegemonia própria na denominação, à qual se deu um valor idiomático de coisa principal, e assim se chegou à substantivação do que até ali era uma reunião de “milite”“, e nasceu, limpa e pulcra, a palavra “mil-litia”“ que, por não se pronunciar o t no seu próprio som no latim de então, pois se pronunciava, como se sabe, como c, veio a dar a atual palavra milícia.

 

Todavia, hoje pretende-se usar esta palavra sem a substantivar e, assim, é freqüente ouvir-se, entre grandes setores do povo e sobretudo, entre soldados de deficiente cultura, dizer “mili”“ em vez de “milícia”“. “Quando sair da “mili”“...ou “para o ano que vem entro na “mili”“..., etc., etc. Não substantivam a sua condição de “milites”“ que, subordinada a outra mais principal, deu lugar a “milícia”“.

 

Da palavra “militia”“ à palavra “militar”“ vai um passo. Já se conhecem as diferentes corruptelas e, até, adaptações que muitas palavras sofrem no decurso da vida. Algo de semelhante ocorreu com a nossa palavra. Por degenerescência do idioma, o t latino, entre vogais, que inicialmente se pronunciava como c, passou mais tarde a pronunciar-se com o seu próprio som de t e, assim, já se lê militia; suprimiu-se o terceiro i e já se pode ler milita. Mas agora há que retroceder no caminho andado e assim como do adjetivo “mil-le”“ passamos ao substantivo “militia”“, do substantivo obtido temos de chegar ao adjetivo.

 

Da coisa principal, ou “militia”“ (pronunciando-se o t com o seu som ou suprimido o último i), chegamos à coisa ou ação que a determina ou qualifica, isto é, o adjetivo militar, que é o homem que professa na milícia.

É precisamente na antiga e rigorosa seleção – sempre um entre mil – que nasceu a auréola de cavalheirismo que tem sido em todos os momentos apreciada gala dos militares. Êsse culto da honra pelo qual tantos e tantos têm morrido é quase exclusivo da profissão das Armas. Dentro do espírito castrense, a morte com honra não é um mero ato de valentia isolado, como muitos crêem, é antes o ato pelo qual se sublima toda uma vida, durante a qual se rendeu um culto especial à honra. E é justo que quem assim alcança a morte, seja tido por nobre e de boa estirpe, como tinha de ser, segundo o comentário do “Rei Sábio”“, o candidato antigo que, com tão veemente desejo queria ser, entre mil, o único escolhido.

 

É assaz curiosa a etimologia da palavra milícia ou militar e sôbre ela deveria meditar-se com grande freqüência. E ninguém que se tenha na conta de “forte e de ânimo constante”“ deve ignora-la.

 

Origem do Texto

Pelo Cap RAMON TOUCEDA FONTENLA, Prof. Da Acad. De Cavalaria de Espanha (Transcrito do Jornal do Exército, Portugal, Setembro de 1965)